16 de dezembro de 2021
7 de leitura
Só pra curiosos
Hackathon: O que é? Como participar do evento pode gerar mais inclusão feminina na área de tecnologia?
A junção dos termos em inglês hack (programar) + marathon (maratona) dá origem ao queridinho entre os profissionais e amantes da tecnologia. Hackathons são maratonas de programação em que os participantes precisam correr para idealizar e realizar um projeto em um curto período de tempo. É preciso criar um projeto viável em algumas horas ou em um final de semana — uma verdadeira maratona de programação.
Mas como incentivar mais mulheres nesse contexto competitivo? Para isso, vamos descobrir um pouco do que rolou no #ProviHackWoman, hackathon promovido pela Provi com o intuito de impulsionar e empoderar carreiras femininas na tecnologia.
A participação feminina no mercado tech vêm crescendo consideravelmente nos últimos anos, embora a área ainda seja muito desproporcional em questões de gênero. Além dos desafios de qualquer carreira profissional, sabemos que as mulheres enfrentam outras diversas questões ao explorarem um mercado dominado por homens. Impulsionar ações que incluam mais meninas e mulheres, alunas, apaixonadas, profissionais e curiosas na tecnologia é, portanto, essencial para movimentar e equilibrar o cenário.
A Provi, startup de financiamento estudantil parceira da Resilia, promoveu no início de fevereiro/21 o #ProviHackWoman — um hackathon online, gratuito e aberto ao público 100% feminino. Criar um projeto do zero, expandir sua rede de contatos com mentorias e profissionais da área, além de aprender MUITO em pouco tempo… É claro que as meninas da Resilia não poderiam ficar de fora, né?
Nossas #Resilientes Amanda Cacholi, Caroline Noronha, Greiciane Assis, Guilhermina Araújo, Jéssica Pimentel, Marcella Justo, Roberta Santos, Samantha Bianchi e Scarlate Santos encararam o desafio e mandaram muito bem durante um final de semana de muito código. Separamos alguns depoimentos sobre o evento:
CAROLINE NORONHA (Resiliente da Turma 03)
Decidi me inscrever pois já tinha participado de competições de projetos e eu adoro um bom desafio. Como mais meninas da Resilia também participariam eu sabia que, no mínimo, um ponto de apoio eu teria. E lá fomos nós! Geralmente em hackathons, você tem contato desafios reais ou problemas de mercado. No #ProviHackWoman a temática foi muito próxima à Resilia: precisamos criar uma solução que usasse a tecnologia para ajudar profissionais em início de carreira.
É dado o desafio e a vontade de só vivenciar aquela experiência se torna vontade de vencer. Depois, se torna vontade de conseguir entregar algo. E depois de desistir. E de novo de vencer, de aprender mais e por aí vai… O que eu quero dizer é: um hackathon é uma montanha russa de emoções e não é daquelas só de sobe e desce, não! É daquelas que tem tanta volta, nó, sobe, desce que você sai atordoado e pronto pra próxima.
Tecnicamente, foi extremamente desafiador. Nossa solução incluía várias variáveis e, infelizmente, nós não conseguimos priorizar as tarefas tão bem. Mas ao mesmo tempo eu tive contato com áreas novas, como design e produto, e descobri nelas algo de extremo valor na nossa (futura) profissão: ser desenvolvedor nunca foi só sobre codar. Você vai fazer um código com muito mais vontade se souber a motivação por trás, os processos, as origens… Acho que tá mais do que claro que eu estou doida pra ter mais experiências desse tipo. Tenho certeza que eu posso e irei aprender e quando a gente faz as coisas de peito aberto, os ganhos sempre prevalecem!
JÉSSICA PIMENTEL (Resiliente da Turma 02)
O Provi Hack Woman apareceu em um momento em que eu estava procurando um novo desafio para a minha carreira. Queria testar meus conhecimentos e avaliar o quanto cresci na área de TI. Nada melhor que essa oportunidade, onde estaria com várias mulheres do Brasil inteiro, mediadas por uma empresa que já admiro.
Fui convidada para entrar em um time com outras cinco mulheres desconhecidas, todas em início e transição de carreira. Assim como eu, todas tinham outras responsabilidades durante o dia, então precisamos estar 100% entregues ao hackathon que já é corrido por natureza. Com o principal desafio sendo tempo, conseguimos desenvolver uma solução em 24h horas!
Nosso projeto apoia o momento de seleção de pessoas, logo no processo seletivo. O objetivo é fazer uma ponte entre profissionais em início ou transição de carreira com empresas que podem comprovar as skills desses profissionais. Tudo feito através de desafios de tecnologia, na plataforma interativa que sugerimos.
Por fim, a satisfação da entrega concluída foi indescritível! O mais incrível dessa jornada é saber que o que importa mesmo é ter comprometimento, um time unido e acreditar no que estamos desenvolvendo. Recomendo demais a experiência de um hackathon!
SAMANTHA BIANCHI (Turma 03)
Eu entrei no Provi Hack Woman cheia de receios por acreditar que ainda não tinha conhecimento suficiente, decidi participar mais para conhecer o que era um hackathon e saber como era. Como vi que mais mulheres da Resilia tinham se inscrito, me senti um pouco mais segura para participar, por saber que teria com quem contar.
O que eu mais gostei foram os painéis que tivemos contato sobre como chegar a uma solução, paineis sobre UX/UI, pitching, pesquisas quantitativas e qualitativas… Foram diversos aprendizados absorvidos que vamos levar para além do hackathon. Também gostei de termos mentorias constante, de poder tirar dúvidas sobre a execução do projeto com muito apoio de profissionais para chegarmos até o resultado final, além de termos construído um bom networking.
Durante o hackathon a minha maior dificuldade foi realmente lidar com a minha insegurança e com o tempo, já que tudo aconteceu em apenas de três dias. Percebi algumas coisas que eu posso melhorar para uma próxima vez, como não esperar o projeto começar para se planejar, por exemplo. Meu grupo num todo foi excelente, o trabalho em equipe foi magnífico! Agora podemos ver o quanto a Comunidade Resilia é realmente essencial na jornada. Tivemos muito apoio e ajuda de colegas e facilitadores e isso foi sem dúvida o que nos ajudou a concluir o nosso projeto!
GUILHERMINA ARAÚJO (Turma 03)
A minha trajetória no #ProviHackWoman foi um grande aprendizado! Confesso que eu nunca imaginei que chegaríamos tão longe, afinal era o meu primeiro hackathon e eu tive muito medo. Foram muitas tensões durante o projeto e na hora da entrega eu logo pensei “nunca mais participo de algo assim!”. É muito intenso!
Mas sendo bem honesta é claro que eu participaria sim, porque o quanto se aprende nesses eventos é algo surreal! Eu tenho certeza que vou atrás de outros hackathons e eventos, assim que acabar o curso da Resilia. Minhas expectativas não eram das melhores no que dizia respeito apenas a mim mesma, pois estava bastante insegura no começo… Mas foi algo que me fez ter que superar e aprender que eu sou sim capaz. Eu pude superar diversos desafios nesse hackathon e meu time só me ajudou a enxergar isso, que nós mulheres somos incríveis e podemos!
O que mais me surpreendeu foi a união que tivemos e como superamos, mesmo quando estávamos aos 45 do segundo tempo. Eu só tenho gratidão por todo esse aprendizado!
É possível perceber o quanto uma rede de apoio faz total diferença na inserção e permanência de mulheres no mercado de tecnologia. Essa rede pode ser formada por amigos, familiares, profissionais da área que você conheça, colegas de classe e, por que não, todo o Time Resilia? É normal se sentir insegura, mas não deixe de colocar a mão na massa e arriscar. Nunca deixe de começar um projeto, mudar de área ou carreira e continuar sempre se desafiando. Apoio na Resilia é o que não falta!
Após o Provi Hack Women, recebemos a colocação dos projetos e as integrantes da equipe Casulo ficaram em segundo lugar geral do evento. Mas não é só de prêmio que vivemos não, viu? Queremos parabenizar a TODAS as mulheres que toparam o desafio e mostraram sua resiliência pro mundo, além de agradecer à Provi por proporcionar iniciativas como essa. Que venham outros hackathons e muitas outras mulheres em tecnologia!